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Roma antiga

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Roma antiga

indice

       INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO

       REGIMES POLÍTICOS

       EXPANSÃO E DECADÊNCIA

       MODO DE VIDA

       ARTE

ESCULTURA

PINTURA

MOSAICO

       URBANISMO

       ARQUITECTURA

RELIGIÃO

COMÉRCIO E CIVISMO

HIGIENE

LAZER E DESPORTO

MONUMENTOS

MORADIA

       ENGENHARIA

PONTES

ESTRADAS

AQUEDUTOS

       CONCLUSÃO

       FONTES

 

1.Introdução e contextualizão

Roma localiza-se na Península Itálica, é uma região de solo fértil, que é uma continuação da Europa Central, prolongada até o mar Mediterrâneo, que se desenvolveu durante o século VII a.C passando de uma “simples cidade” a um vasto império (através da conquista e assimilação cultural) que controlou quase todo o mundo antigo.

Roma foi um estado totalmente militarista cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os 13 séculos que o estado romano existiu.

Por influencia de vários factores sociopolíticos iniciou-se o declínio do império, sendo este, posteriormente dividido em dois:

 

A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália;

A metade oriental, governada a partir de Constantinopla, que passou a ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C. (Queda de Roma e Início da Idade Média).

Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.

 

Monarquia

          Durante esse período, o monarca (rei) acumulava os poderes executivo, judicial e religioso, e era auxiliado pelo Senado, que detinha o poder legislativo e de veto, decidindo aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.

          O último rei de Roma (Tarquínio), em razão de seu desejo de reduzir a importância do Senado na vida política romana, acabou sendo expulso da cidade. Este foi o fim da Monarquia.

República

Durante o período republicano, transformou-se de simples cidade-estado num grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde para a Gália e todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.

Império

 Na República os cidadãos elegem os seus representantes que irão governar a nação por um determinado período de tempo. No Império o governante (imperador), é legitimado muitas vezes através de um golpe militar, ou de uma "suposta" ascendência divina e, o cargo do governante do império é vitalício.

 

Expansão:

Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses nas Guerras Púnicas (século III a.C).

Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egipto, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.

Crise e decadência:

No século III, houve uma crise geral do escravismo, iniciada nos reinados dos últimos Antoninos. A prosperidade romana era baseada na agropecuária e, nessa época, ocorreu uma decadência na produção de técnicas agrícolas, sobretudo na Itália. Somou-se a isso a interrupção da expansão romana no Ocidente, que levou à falta de mão-de-obra escrava. Desses factores, resultou a diminuição da arrecadação de tributos, levando o Estado a dificuldades de manter a máquina administrativa, principalmente o exército, o que culminou com as invasões bárbaras.

 Em 395, o imperador Teodósio divide o império em:

           Império Romano do Ocidente (capital em Roma)

           Império Romano do Oriente - Império Bizantino (capital em Constantinopla).

Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente,

Modo de vida

A cultura romana era fortemente influenciada pela grega (vestuário, alimentação,pintura, escultura, arquitectura,etc);

Actividade económica base: agricultura (devido em parte a geografía da península Itálica, que permitia o trabalho agrícola em grande escala)

A religião :Politeísta (mesmos deuses dos gregos  onde os principais eram: Netuno, Vénus, Ceres e Vulcano); Os deuses eram antropomórficos, isto é, possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos e eram representados em forma humana;

Organização política: governo inicial sob forma de Monarquia. Ano 509 a.C. – substituição da Monarquia pela República aristocrata – governo na base de cônsules. Devido a uma nova forma de governar - o Triunvirato, Roma passa a denominar-se Império.

2.Organização social

       Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos, escravos e desfrutavam das altas funções e dos poderes.

       Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços em troca de auxílio económico e protecção social.

       Plebeus: eram pessoas livres que se dedicavam ao comércio, artesanato e aos trabalhos agrícolas.

       Escravos: representavam uma propriedade, onde o seu dono tinha o direito de fazer o que desejasse porém, podiam ser libertos ou mesmo comprar a sua liberdade.

 

 

3.Arte romana

A Arte Romana foi influenciada pela cultura grega e pela etrusca. Os gregos buscavam um ideal de beleza, mas os etruscos eram mais realistas, e suas construções voltavam-se para o popular. Esta arte, incorporou as formas e as técnicas de outras culturas do Mediterrâneo.

Escultura

Embora admiradores da arte grega, os romanos, por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade.

A influência grega fez com que surgissem em Roma os copistas, que retratavam com extrema fidelidade as principais obras clássicas. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos. 

O racionalismo e a fidelidade ao real orientaram a produção da estatuária romana e serviram para satisfazer o desejo de glorificação pessoal e de comemoração de conquistas e grandes feitos. Proliferaram no âmbito dessa arte romana os bustos, retratos de corpo inteiro e estátuas equestres de imperadores e patrícios,

 

O racionalismo e a fidelidade ao real orientaram a produção da estatuária romana e serviram para satisfazer o desejo de glorificação pessoal e de comemoração de conquistas e grandes feitos. Proliferaram no âmbito dessa arte romana os bustos, retratos de corpo inteiro e estátuas equestres de imperadores e patrícios,

A narração de factos históricos e a reprodução de campanhas militares tomou forma nos relevos que se desenvolveram na fachada de templos e dos Arcos de triunfo

 

Pintura

A maior parte das pinturas romanas conhecidas hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Estudiosos da pintura de Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos

1º: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.

2º: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.

3º: representações fiéis da realidade, valorizando a delicadeza dos pequenos detalhes.

4º: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.

Foram encontradas, diversas pinturas, de carácter decorativo, ornamentando os palácios e os aposentos das residências, reproduzindo paisagens, a fauna, a flora...; também retratavam seus habitantes, com grande fidelidade.

 

 

Mosaico

Com fins decorativos e com um profundo respeito pelo ambiente arquitectónico, os mosaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo directo da natureza.

As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecer sobre a pintura.

Foram essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs

 

 

4.O urbanismo

Características

       Notável rede de cidades, ligadas entre si por vias que ainda hoje resistem ao tempo.

       Nas cidades vivia uma população enriquecida com o comércio, com a exploração das minas e das propriedades agrícolas.

       As cidades eram erguidas em torno de duas avenidas principais: uma no sentido norte-sul, outra de leste a oeste, e uma praça (fórum) na intersecção.

       As cidades mais importantes possuiam planos urbanísticos dotados de construções de cinco espécies, de acordo com as funções.

Cidades fundadas

Foi nas cidades por eles próprios formadas que se centraram os maiores esforços urbanísticos:

          Tarraco (Tarragona) 45 a.C.

          Emerida Augusta (Mérida) 25 a.C.

          Itálica (Santiponce), foi a primeira cidade puramente romana fundada na região.

 

Os romanos adaptaram também dos etruscos e gregos a idea de situar as cidades em uma cruz de vías importantes, norte-sul e este-oeste que chamaram respectivamente cardo e decúmano. 

          A imagem que esta a esquerda inferior apresenta uma planta-tipo: não corresponde a nenhuma urbe em especial, mas respeita o conjunto de regras que o urbanismo romano foi desenvolvendo ao longo de mil anos de História. A cidade é rodeada por uma muralha (com torres de vigia) e possui uma planta rectangular. A cidade divide-se em módulos, separados entre si por ruas paralelas de dimensões iguais. Duas ruas, no entanto, têm dimensões maiores: o Cardo e o Decumanus, desembocando cada uma delas nas quatro portas da cidade. No local em que estas duas ruas se cruzam, estão localizados o fórum e o mercado, ou seja, os espaços e os edifícios mais importantes.

 

5.Arquitectura romana

 

       Deriva da arquitectura grega. Alguns autores agrupam ambos estilos designando-os por arquitectura clássica. Alguns tipos de edifícios característicos deste estilo propagaram-se por toda a Europa, nomeadamente, o Domus, a Basílica, o Teatro e o Templo.

       O plano do templo é herdado dos etruscos. Quanto à ornamentação, é grega, sendo coríntia a ordem preferida. Ou se mandavam trazer da Grécia esculturas, colunas e objectos de todo tipo, ou se fazia cópias dos originais nas oficinas da cidade. Da fusão dessas tendências é que se formou o chamado "estilo romano".

       A partir do séc. II a.C., os arquitectos dispunham de dois novos materiais de construção:

       Opus Cementicium – uma espécie de betão - era um material praticamente indestrutível.

       Opus Latericium - o ladrilho permitia uma grande versatilidade. Combinado com o primeiro material, ele oferecia  possibilidade de se construírem abóbadas de enormes dimensões e muito leves.

 

       

Características da arquitectura romana

 

          O carácter fundamental do espaço romano é ser pensado estaticamente. Impera a simetria nos ambientes circulares e rectangulares, a autonomia absoluta quanto aos ambientes contíguos, sublinhada por espessos muros que separam;

          Exprime uma afirmação de autoridade, é o símbolo que domina a multidão dos cidadãos e anuncia que o Império existe,

          Predomínio do carácter sobre a beleza;

          Originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.

 

6.Alguns tipos de construção

  

O templo

É na origem, um espaço delimitado e orientado, no qual se consultam auspícios; depois era uma habitação da divindade; não foi, jamais um lugar de reunião para a oração.

Com um único acesso frontal com escadaria que comunica a um pórtico antes das colunas que se estendem por todo o perímetro -períptero-  ou se incorporam a um murro –pseudoperíptero. A cella- nave interior- habitualmente é rectangular com um altar para o Deus em forma de nicho e coberto interiormente de madeira e exterior a duas águas.

Existe também o templo com planta circular, sendo o mais famoso o Panteão (118-128 d.C.); Este é para a arquitectura romana o que o Partenon é para os gregos. Representa o ponto mais alto da concepção e engenharia romana.

 

O panteião

Que, etimologicamente, deriva de pan (todo) e théos (deus), significa, literalmente, o templo dedicado a todos os deuses. Mais tarde, com o monoteísmo, os panteões foram reformulados para servir de última morada àqueles que através dos seus feitos engrandeceram a sua pátria (intelectuais, estadistas, artistas etc.)

Originalmente construído como Templo dos Deuses dos Sete Planetas (27 a.C), foi posteriormente convertido em Igreja Católica (609 d.C.).

Edifício rectangular é coberto pela maior redoma da época (43m de diâmetro

 

As basilicas

A Basílica é um dos edifícios públicos mais característicos da cidade romana. Consistia numa sala monumental de forma rectangular, dividida internamente por meio de colunas, em três ou mais naves. Ao fundo, a basílica terminava, as vezes, em hemiciclo. Os telhados tinham decorações simples com vigas e estruturas em abóbada de berço e abóbada de arestas.

As basílicas serviam para os mais diversos fins: eram lugares de reunião, de passeios e de negócios. Na época imperial, as basílicas tornaram-se por excelência, o local em que se ministrava a justiça. Em algumas basílicas funcionavam tribunais.

 

Banhos e termas

No fim da República os banhos em Roma eram já uma instituição. Eram enormes edifícios com muitas funções como saunas, banhos quentes e frios, massagens, etc.

Os Romanos preocupavam-se muito com o seu bem estar e saúde (dentro dos standards da época)


As Termas Imperiais eram mais de que banhos aquecidos. Eram centros de ginástica similares aos centros de reabilitação física que temos hoje em dia.
Eram também lugares em que se podia ouvir filósofos, teólogos e outros intelectuais a expor e discutir as suas ideias.

 

 

anfiteatro

Diferente dos gregos, os teatros romanos possuem uma cávea (espaço reservado à platéia), uma orquestra (local destinado às danças, aos músicos e aos coros) pequena, às vezes ocupada por assentos, e um palco maior com fundo de alvenaria.

 

circos                     

De forma rectangular, fechado em uma extremidade por uma muralha recta, e em outra, por uma curva semicircular. Ao longo das muralhas encontramos estribarias. Na extremidade oposta se abria uma porta triunfal por onde passava o vencedor. No meio da pista (arena) havia uma plataforma com torres, altares e capelas.

 

 

O coliseu

          O anfiteatro Flaviano, (Coliseu) uma excepção entre os anfiteatros da época pelo seu volume e relevo arquitetónico, sua construção teria sido entre  70 d.C em 80 d.C.

          Com mais de 50 metros de altura, cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, mais tarde foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de suportar de 70 a 90 mil espectadores

          Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o piso em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.

          As bancadas são em mármore e a arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, sector destinado à classe média; e os pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.

 

 

Arcos de Triunfo

Eram uma espécie de porta monumental com a finalidade de perpetuar um acontecimento memorável. A princípio eram feitos de madeira para acolher o imperador. Depois foi utilizada a pedra para perpetuar os efeitos do general vitorioso. Entre os arcos mais famosos, temos o arco de Tito, o Sétimo Severo e o arco de Constantino, o maior de todos.

7.Colunas

 A principio, após uma vitória os soldados agradeciam aos Deuses levantando um trofeu, isto é, decorando um tronco de árvore com armas tomadas ao inimigo. Posteriormente o tronco de árvore foi substituído com uma coluna. O gosto pelo monumental, tão próprio dos Romanos, fez com que ampliasse as proporções do trofeu, tornando o mesmo um verdadeiro edifício. O mais importante foi a coluna de Trajano levantada em 113 d. C.

domus- moradia

Domus eram as casas particulares, onde moravam os cidadãos mais ricos no tempo do Império Romano. Em Roma, estas espalhavam-se pelas colinas. Normalmente possuía um jardim interno, piscina, um atrium e outras comodidades. Possuía  quartos bastante pequenos e sem janelas com espaço apenas para uma cama. Isto devia-se ao facto de não haver aquecimento e de a iluminação ser feita através de clarabóias que davam para os átrios

O mobiliário romano era escasso, mas isso era compensado pela riqueza dos materiais com que a casa era construída e decorada: chão de mosaico (aquecido por um sistema de aquecimento central) paredes de mármore ou decoradas com belas pinturas.

Não possuíam janelas envidraçadas pois a produção do vidro ainda estava na sua fase embrionária na época, Os proprietários consideravam que as paredes exteriores eram propriedade pública daí que eram alvo de pichações muitas vezes com mensagens de expressão política.

Na domus, à excepção do átrio (atrium) cada divisão tinha uma  função específica. Assim:

       A entrada – fauces – dá acesso a um pequeno espaço, o vestibulum, atrás do qual se abre o atrium que é o espaço central da domus. A sua abertura superior (compluvium) permitia a entrada da água da chuva que caía num pequeno tanque (impluvium), ligado a uma cisterna destinada a armazenar essa água. Num recanto do atrium fica o lararium , altar destinado ao culto doméstico.

       O atrium fornece a luz necessária às divisões que o circundam, nomeadamente, o triclinium utilizado para as refeições do dia-a-dia e o tablinum, escritório do dono da casa, utilizado como sala de reuniões com pessoas que não fossem da família.

       Um pequeno corredor liga o atrium ao peristylium – segundo pátio interior. Como o nome indica, estava rodeado de colunas e era embelezado com arbustos, flores, estátuas, etc. Junto ao peristilo estão os cubicula (cubiculum: quarto de dormir), a exedra (sala destinada aos banquetes) e também os banhos, apenas nas casas mais ricas. Muitas casas ainda tinham um segundo jardim.

       A casa romana está toda voltada para o interior. A entrada de serviço fazia-se pelo posticum. À entrada de algumas domus havia tabernae (sing.: taberna) que eram lojas do dono da casa que aproveitava para, nelas, vender os produtos das suas propriedades rurais.

 

insulae

A maioria dos romanos habitava em apartamentos arrendados (cenacula) em prédios de habitação: as insulae. Varandas e janelas sem vidros arejavam o interior; não havia chaminé nem cozinha (cozinhava-se em fogareiros e os moradores aqueciam-se com braseiras); não existia água nos andares (e alguns destes prédios chegavam a ter sete andares!) e, naturalmente, os mais pobres sujeitavam-se a morar nos andares de cima. O preço da renda subia constantemente.

Cobrem uma superfície  de 300-400m² e compreendem um grande numero de cômodos  iguais, que olham para o exterior com janelas e balcões, os andares térreos são destinados as lojas (tabernae) ou a habitações mais nobres (que são igualmente chamadas de domus), os andares superiores são divididos em apartamentos (cenacula) de vários tamanhos para as classes medias e inferiores.

Tectos de telha de barro cozido que ainda subsistem em pleno século XXI.

                                                                                     

8.Engenharia

A engenharia civil romana merece um parágrafo à parte. Além de construir caminhos que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejectos das casas

 

 

1.       As pontes romanas

                Numa primeira fase, as pontes eram feitas de madeira, porem com descoberta de novos materiais mais concretamente o cimento, e a introdução do arco estas passaram a ser feitas de tijolos, Eram mais consistentes e venciam maiores vãos.    .

                A primeira ponte romana, terá sido construída no Tibre no ano 621 a.C. e foi chamada de Pons Sublicius ("ponte das Estacas"). Eram de pedra ou de madeira, a largura é sempre limitada, no máximo 7 a 8 metros.

 

 

Estradas romanas

 

Até 400 a.C., os romanos utilizavam caminhos de terra para deslocar-se da sua capital às cidades vizinhas, o que mostrava a ineficácia do sistema defensivo de Roma, devido à lentidão de movimentação das tropas, para melhorar este impasse, eram precisas rotas sólidas que acabaram sendo construídas e permitiriam uma circulação mais rápida e segura.

Eram construídas em rochas de basalto, não proporcionavam grande continuidade e suavidade ao terreno, essas rochas encontram-se ainda bem fixadas nos percursos, 2000 anos depois. Isto deve-se, provavelmente, à técnica de preparação do terreno, em que eram colocadas várias camadas de materiais para assegurar a sua estabilidade e, só no final, o revestimento, com as rochas.

 

 

A expansão da rede viária: um equipamento comercial

À medida que se expande o Império, a administração adaptará o mesmo esquema nas novas províncias. No seu apogeu, a rede viária romana principal atingirá, tendo em conta vias secundarias de menor qualidade, cerca de 150.000 km.

Portanto, estas estradaseram uma rede de comunicações originária da península italiana que ligava Roma a seu império em expansão.

 

Os miliários (do Latim: miliarium, original de milia passuum) eram os marcos colocados ao longo das estradas do Império, em intervalos de cerca de 1480 metros.

O miliarium no Capitólio, em Roma, assinala o quilómetro zero de todas as estradas consulares.

Estas colunas de de base rectangular eram de altura variável, com cerca de 20 polegadas de diâmetro e pesavam cerca de 2 toneladas.

Na base estava inscrito o número da milha relativo à estrada em questão. Num painel ao nível do olhar constava a distância até ao Fórum romano, bem como outras informações, como os responsáveis pela construção e manutenção da estrada.

Actualmente, são os miliários que permitem aos arqueólogos e historiadores estimar os trajectos das antigas estradas romanas, pelo que se tornavam valiosos documentos.

 

 

 

3.    Aquedutos

Eram enormes arcos que levavam água para as cidades; Eram construídos em todas as cidades pelo Estado ou pelas administrações locais para satisfazer, em primeiro lugar, os usos colectivos. A cidade de Roma era abastecida por 11 aquedutos com 350km de comprimento total, onde a gravidade era usada como única força motora.

Funcionamento

       A água fluvial filtrada era canalizada num conduto rectangular (specus) revestida com um reboco de tijolos em pó (opus signinum) coberto, mas passível de ser inspeccionado e arejado, com declive o mais constante possível (segundo as características do percurso) de maneira que a água fluisse livremente;

       O aqueduto era estudado de maneira que a água chegasse as cidades a pressão reduzida - daí a técnica de elevação do aqueduto sobre uma ou mais séries de arcadas, quando se atravessava um vale;

       Ao longo do percurso e na chegada dos aquedutos, encontram-se os reservatórios de decantação (piscinae limariae), onde a água deposita as impurezas; em seguida passa pelos tanques de distribuição (castella, onde é medida e em seguida passa para as tubulações das cidades feitas em pedaços de chumbo);

conclusao

De uma pequena Cidade estado monárquica, passando por uma República, Roma transformou-se num vasto império devido à sua “veia” militarista-expansionista, dominando toda a orla do Mediterrâneo, o que tornou a cultura romana, uma miscelânea de diferentes culturas, sendo difícil classificar os seus feitos como um Estilo Romano.

 

Roma destacou-se na arquitectura com grandes edifícios privados e públicos:

Privados - Casas e as Residências coletivas.

Públicos - dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos (teatro, anfiteatro e circo).

O espírito prático de Roma reflecte-se no urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos. Aprimoraram o Arco e Abóbada, que predominavam nas suas magnas construções (com a descoberta do Cimento)

Historicamente, a queda do Império em 476 d.C., assinalou o fim da Antiguidade, dando início à Idade Média.

O império Romano do Oriente, passou a ser referido como Império Bizantino.

 

bibliopgrafia

MOREUX, Jean- Charles; Historia de Arquitectura, com colaboracao de CHASTEL, Andre-Sao Paulo, 1983.

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https://www.patricialanza.arq.br/urbanismo-00.htm