Grecia antiga
GRECIA ANTIGA
A unidade da diversidade
1.Enquadramento
Localização
Grécia Continental: é a região situada ao norte do istmo de Corinto.
Grécia Peninsular: é a parte situada ao sul do istmo de Corinto, constituída pela Península do Peloponeso.
Grécia Insular: é a parte formada pelas diversas ilhas espalhadas, sobretudo, pelo Mar Egeu.
As condições físicas fundamentais para o desenvolvimento da civilização grega foram:
As Montanhas: numerosas cadeias de montanhas, que dominam 80% da superfície territorial. Entre uma montanha e outra, encontram‐se planícies férteis, berços naturais para o desenvolvimento de pequenas sociedades;
O Mar: o litoral é bastante recortado, com bons portos e diversas ilhas próximas umas das outras. As águas calmas dos mares gregos e as pequenas distâncias entre as ilhas são um convite à navegação marítima. É por isso que a comunicação e o comércio marítimo sempre desempenharam importante papel na vida grega.
Resumindo:
A grecia localizava-se ao sul da peninsula balcanica, na bacia oriental do mediterraneo, era banhado pelos mares jonico e egeu. Era formada pelas terras do sul dos balcas, as ilhas do Egeu e as costas da Ásia menor. Seu relevo montanhoso dificultava a comunicacao terrestre e o seu litoral rcortado facilitava as comunicacoes maritimas.
2.Periodização
Periodização segundo marcos da cidade e arquitectura
A Grecia foi povoada no segundo milenio antes de cristo, pelos arianos ou indo- eupeus (aques, jonios, eoliios e dorios), sua historia dividiu-se, apartir de entao em quatro periodos princiais , a saber: Homerico, Arcaico, Classico e helenistico.
1. O periodo homerico ( 1700 a.c. ate 800 a.c.)
A designação provém supostamente do nome do poeta épico Homero.
· Fixacao dos primeiros grupos indo-europeus na grecia (os aqueus), estes absorveram a cultura dos cretences surgindo deste modo a cultura creto- micenica.
· Conquista da creta e destruicao da troia, por parte dos aqueus, estes destruidos posteriomente pela invasao dos dorios, afixando-se deste modo nas ilhas do egeu e no litoral da asia menor.
· Aparecimento da propriedade privada e das classes sociais.
· Surgimento das primeiras cidades-estado cuja forma de governo era a monarquia.
2.Grécia arcaica (séc. VIII a.C. até 490 séc V a.C.)
A denominação provém da arqueologia e lembra o facto de a civilização estar presa á velhas tradições:
• Formam‐se as primeiras cidades gregas tirando partido da situação do relevo
• Tem lugar segunda expansão colonizadora
• Floresce a civilização Grega
• Há sinais da influência orientalna religião Grega
• Estreitas relações entre a Grécia europeia e a Grécia asiática
3.Grécia clássica (séc. V à a.C. à IV a.C.)
A designação lembra algo que atingiu o apogeu e ficou como modelo,como padrão:
• Vive‐se a dualidade Atenas‐Esparta
• Afirmam‐se os padrões das ordens
mas também
• Tem lugar o grande conflito persa e a guerra do Peloponeso
• A interferência macedônica e as conquistas de Alexandre
4.Grécia helenística
(Entre a morte de Alexandre III (O Grande) da Macedónia em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.)
Entendido como um momento de transição entre o esplendor da cultura grega e o desenvolvimento da cultura romana mas também por ser mais permeável à cultura orietal:
• a arquitectura civil tem o seu esplendor
• Plano da cidade ganho carácter mais cívico, virado para as amenidades
Públicas
• As guerras, invasões e colonizações obrigam à considerar as fortificações.
3.Sociedade
A estrutura político social político‐ (ateniense)
Os cidadãos, pobres ou ricos, eram homens livres, maiores de 18 anos, filhos de pais atenienses. Eram os únicos que podiam ter terras e direito à cidadania. As suas mulheres, porém, não tinham igual direito de participar na política.
Os metecos, eram estrangeiros que residiam e trabalhavam em Atenas, dedicando‐se ao artesanato e ao comércio. Eram homesns livres, pagavam o imposto e cumpriam o serviço militar. Contudo não eram considerados cidadãos, não podiam possuir terras, nem eram elegíveis para o governo da pólis
Os escravos eram prisioneiros de guerra ou filhos de escravos. Trabalhavam nas minas, nas pedreiras, nos campos ou nas lides domésticas. Podiam ser comprados vou vendidos como utensílios, mas geralmente não eram maltratados pelos donos
4.Civilizações antecedentes
E outras influências
Os primeiros povos de Grécia, Pré‐helenos (entre 2500 e 1400 a.C), eram considerados como:
Pelasgos.
As civilizações Pré‐helénicas foram a civilização Cretense e Troiana , depois impostos pelo domínio de força bruta dos aqueus, os jónios, os eólios e os dórios. Foi do contato dos aqueus com os cretenses que surgiu a civilização micênica.
Civilizacão micénica
Floresceu entre 1600 e 1200 a.C. Não tinham uma unidade política, existindo vários reinos micénicos. Mesmo com o desaparecimento da civilização micênica, notamos que os gregos preservaram várias raízes dessa cultura: a língua, os principais deuses e a herança dos feitos históricos da Guerra de Tróia bem como a base para toda a sua arquitectura clássica,
Não nos podemos esquecer da preponderância da ligação ao mar que permitiu que esta civilização tirasse subsídios de outras civilizações mediterrânicas como a Egipto primeiras do na qual se basearam as expressões artísticas em escultura e que se presume ter influenciado na composição da coluna grega
5. O conceito primitivo de cidade
Acrópole, astu e ágora
Acrópole:
Cidade alta onde foram implantados os Templos onde os cidadãos se podiam refugiar
Astu:
Cidade baixa onde se desenvolveu o comércio e as relações civis. Destaca‐se a Ágora, local no qual os gregos tratavam das funções sociais e políticas, onde realizavam discussões, debate, festas, assembleias, entre outros.
Ágora: era o centro da cidade, uma ampla praça repleta de colunatas, templos e até edifícios, onde a assembleia se reunia, a multidão discutia politica, fazia negócios, buscava novidades e ouvia filósofos. As principais ruas cruzavam a Ágora de modo que a partir desta se encontrava o altar dos doze Deuses, e que se calculavam as distancias. Nesta primeira fase a implantação de uma malha obedecia a configuração do terreno
6.Cidades
Atenas- a educadora da hélade
O conceito primitivo de cidade
Atenas foi fundada pelos jonicos. Localizada na peninsula da atica, proxima ao porto de pireu, atenas estava voltada para o mar egeu e aberta as influências externas.
Esta cidade-estado de navegadores, comerciantes, estadistas, filosofos poetas e artistas foi o berço da democracia grega.
Nasceu da reunião de diversas aldeias, sem um plano prévio e sem um desenvolvimento urbanístico racional. Teve como papel decisivo para a sua formação a Acrópole que foi construída para facilitar a defesa contra invasões inimigas e ataques de piratas.
Pode distinguir‐se na época clássica em Atenas: a Acrópole, a astus e seus os bairros e os portos.
A destruição feita na Acrópole pelo exército de Xerxes possibilitou a construção de belíssimos templos.
A Acrópole transformou‐se da antiga fortaleza em verdadeiro pedestal de obras-primas de arte e a cidade propriamente dita, desdobrava‐se na planície e nas colinas que se estendiam a partir da Acrópole.
No séc. VI a cidade foi fortificada e mais tarde durante as guerras contra os persas, as muralhas são ampliadas e (re) fortificadas.
NOTA: Atenas conheceu todas as formas de governo: monarquia, aristocracia, oligarquia, tirania e democracia. Foram brilhantes tambem suas realizacoes, nas artes, letras, ciencias e filosofia.O regime democratico aliado ao desenvolvimento intelecual fizeram daquela cidade- estado a educadora da helade.
Esparta- um acampamento em armas
A rival
Uma cidade‐estado Fechada, agrária e oligárquica Fundada no século IX a.C. pelos dórios, no interior do peloponeso, organizou-se como uma fortaleza situada em territorio do inimigo, que logo submeteu os primeiros habitantes da região. A sociedade espartana teve um desenvolvimento semelhante ao das demais pólis gregas.
Militarista, aristocrática, Xenófoba e extremamente conservadora, constituiu um caso excepcional entre as polis gregas, cuja evolucao geral se assemelhou mais a de Atenas. Os espartanos falavam muito pouco (lacônicos) e aplicavam uma educação muito rígida em seus filhos, estes eram educados como cidadaos-soldados, mobilizados permanentemente para a guerra desde os seus sete anos, e entravam no exercito aos 20, servindo ate os 60. A mulher era extremamente valorizada, podendo até mesmo “experimentar” seus parceiros antes de se casar.
Uniu‐se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Púnicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
Mileto
Conceito científico de cidade
Foi em Mileto, onde a filosofia permitiu o salto do mundo mítico para o mundo físico, que surgiu o conceito da cidade e de sua unidade, como justaposição dos edifícios públicos e das casas. Nasceu assim o que, desde a origem, afirmou‐se o mesmo tempo como uma arte, uma ciência e uma técnica administrativa:
“o urbanismo”.
O urbanismo caracterizou‐se pela:
Unidade
A cidade é um todo não existem areas segregadas.
Articulação
A cidade divide‐se em três zonas: áreas Privadas, áreas Sagradas e areas Públicas.
Equilíbrio
A cidade é um organismo artificial inserido no meio ambiente natural
(relação delicada, respeitadora da linha de composição da paisagem). No entanto, o rigor geométrico dos templos estava em contraste com a natureza da envolvente.
Limite de Crescimento
A cidade é um organism que se desenvolve ao longo do tempo mas que alcança a estabilidade. Se ultrapassado o patamar da estabilidade, forma‐se nova cidade – Estado
Em Mileto os bairos tinham uma afeitação precisa, as tarefas estavam repartidas tipologicamente, a massa de habitantes estava dividida em ordens, em classes. A cidade foi consebida de maneira coerente, funcional e racional.
7.Arquitectura
O megarón
O antecessor
A mais antiga forma de templo grego conhecida remete‐nos a uma estrutura com raízes micénicas, o megarón então tomada como “a casa do chefe”. Era um simples “hall” com uma cobertura de grande declividade e um pórtico frontal. Presume‐se que estas estruturas, tenham sido concebidas em madeira já que não existem vestígios materiais dessas edificações no seu estágio mais primitivo. Os seus registos encontram‐se em pinturas de potes.
A evolução da composição do megarón terá sido devida aos materiais, às proporções e ao ornamento, sendo ele um protótipo do templo grego. Também da atitude que se teve para com ele como espaço tornando sala principal de edificios civis.
O templo
Composição
O templo grego era um objecto meramente formal. Eles eram erguidos como morada dos deuses; a funcão da arquitectura era de os tornar belos. Para eles a beleza era uma dádiva dos deuses.
O ideário de beleza era tao grande que foram estudados diversos truques de correcção perspéctica Uma vez que o templo não se destinava a abrigar cultos no seu interior, era construído com especial atenção para o efeito externo. Repousava sobre uma estereobata de três ou mais degraus, com uma cela ou naos, contendo a estátua da divindade, antecedida por um atrio aberto, a pronaos e geralmente guarnecida por colunatas laterais
Classificação dos templos
Segundo o número de colunas
fachadaTetrástilo: 4 colunas na fachada;
Pentastilo: 5 colunas na fachada;
Hexástilo: 6 colunas na fachada;
Octastilo ou octostilo: 8 colunas na fachada;
Decástilo: 10 colunas na fachada;
Dodecástilo: 12 colunas na fachada.
Segundo o número de filas de colunas
Monóptero: 1 fila de colunas;
Díptero: 2 filas de colunas;
Pseudodíptero: similar ao díptero, mas em que as 2 filas de colunas não envolvem todo o templo (por exemplo a fila de colunas interior está embebida nas pa redes do naos.).
Segundo a distribuição das colunas colunas
Colunas Períptero: completamente rodeado de colunas.
Pseudoperíptero: quando uma fila ou mais de colunas está embebida nas paredes do naos.
Prostilo: o templo só tem colunas na fachada.
Anfiprostilo: o templo apresenta colunas nas fachadas principal e posterior.
Coluna
Composição
Entablamento
Parte horizontal de uma ordem clássica, apoiada sobre as colunas e normalmente composta de uma cornija, um friso e uma arquitrave
Coluna
Um suporte cilíndrico composto por um capitel, um fuste e, normalmente, uma base monolítica, quer formada por tambores do mesmo diâmetro que o fuste
Pedestal
Contrução sobre a qual se ergue uma coluna, estátua, obelisco ou outro elemento do género, normalmente composta por uma cornija, um dado e uma base
As ordens
Ordem
Combinação específica de três elementos de construções do periodo gregas: base (1), coluna (2) e entablamento (3).
“A ordem da coluna constitui a unidade mínima; é o princípio resolutivo de estática, de expressão e deprodução – caracterizadas por uma medida e por uma lei universais legitimadoras do acto da construção humana – as unidades arquitectónicas ulteriores”
As ordens gregas
Colunas dóricas e jónica e ordem coríntia
Ordem dórica
Comporta colunas desprovidas de base cujo fuste se adelgaça para cima , sobrepujadas por um cap, p j p pitel geométrico com equino redondo (que conduzia as águas da chuva) que suporta um ábaco quadrado (com função de distibuir por igual o peso da arquitrave.
Nota; Os mais importantes templos da antiga Grécia foram os da ordem dórica, ex. Parthenon
Ordem jónica
Combinação de uma série de atributos do mundo asiático. Notoriamente mais delgada que o estilo dórico, afunilamento da coluna é menos aparente. A base está provida de uma moldura e um capitel com duas volutas. As caneluras têm mais textura reforçando o efeito de claro/escuro.
Ordem coríntia
Maior elaboração no conceito de ornamentação jónico. Acantos são representados no seu capitel plantiforme
A ordem coríntia era imponente.Empregava maior verticalização. Sua decoração era mais numerosa e requintada, refletindo a suntuosidade.A beleza Clássica, é serena, calma, equilibrada e sem excessos. É voltada para a simplicidade, clareza, equilíbrio, ordem, harmonizando as formas e proporções.
As cariátides
Dentro da ordem jônica, existiu uma variante no desenho das colunas, as chamadas cariátides, que eram colunas em forma de mulheres, em homenágem às jovens da região de Cária, na Grécia asiática, que foram escravizadas como parte de um acordo feito com os Persas.
O templo de Erecteion, de estilo Jônico, apresenta uma tribuna anexa sustentada por cariátides.
Principais templos
1.Partenón
O “cânone”
O templo, digno representante da ordem dórica, que media 31,39 m x 76,82 m, era um octástilo, isto é, tinha oito colunas dóricas na frente, e 17 delas nas laterais (períptero)
Na cela do santuário, repousava a imensa estátua de Atena partenos, esculpida em mármore, ouro e marfim por Fídias.
No frontão e nos lados, espalhavam‐se estatuas e métopas em alto relevo, representando vários episódios onde o humano enfrentava o animal, onde a razão superava a superstição, e a civilização vencia às invasões.
É preciso salientar ainda que o projeto e a execução do Pártenon obedeciam rigorosamente o preceito de que os produtos do trabalho dos artistas e artesãos não eram objetos reais que pudessem ser conhecidos pelo tato e pela mas sim eram objetos simples medida que, para além das formas concretas, deveriam estabelecer uma comunicação com as sensações individualizadas dos homens; deveriam transmitir ‘impressões’.
2.Templo de Artemis
Consagração à ordem jónica
Instalado em Ephesus, o templo de Ártemis foi uma das sete maravilhas do Mundo Antigo. Foi o maior templo do mundo antigo, e durante muito tempo o mais significativo feito da civilização grega e do helenismo, construído para a deusa grega Ártemis, da
caça e dos animais selvagens. Foi construído no século VI a.C. no porto mais rico da Ásia Menor pelo arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. Era composto por 127 colunas de mármore, com 20 metros de altura cada uma. Duzentos anos mais tarde foi destruído por um grande incêndio, e reerguido por Alexandre III da Macedónia. Atualmente, apenas uma solitária coluna do templo se mantém, após sucessivos terremotos e saques.
3.o templo de poseidon
Consagração à ordem dórica
Muito provavelmente dedicado a deusa Hera, e um dos santuários dóricos mais bem conservados, começado a cerca de 475 a.C., e pronto em 15 anos, reflecte a planta do templo de enigma. Tem especial interesse os suportes interiores do tecto da cela, duas colunatas sobre as quais assentam as fiadas de colunas menores, dando a impressão de um adelgaçamento continuo, apesar da arquitrave que as separa.
A arquitectura civil
O esplendor tardio
Inicialmente as construções civis eram muito simples e toda maior elaboração estava voltada para os templos. A elaboração dos templos não era só de cunho religioso mas também era um instrumento político e os fazedores dessa política faziam dessas edificações os feitos mais importantes do seu governo ou para tirar o foco do povo das reais intervenções do governo pela sua beleza e religiosidade religiosidade. Com a queda do valor político grego no período helenístico, os gregos viram‐se para a vida privada
O teatro de epidauro
Depois da queda de Atenas e sua destruição pelos persas em 480 a.C. a cidade foi reconstruída, e o teatro passou a desempenhar um papel ainda importante na cultura e no orgulho cívico locais.
Até ao século IV a. C., o teatro era apenas um auditório, implantado numa encosta, preferencialmente côncava, servida por bancos de pedra.
A partir deste momento a rocha é escavada em hemiciclo, o que permite criar filas de bancadas concêntricas com intervalos regulares. O espaço central do teatro, de formato circular, era reservado para a actuação do coro (o palco).
O teatro de Epidauro, construído no século IV a. C. (c. 350 a. C.), é um belo exemplar deste tipo de construção grega. Neste caso podem ser observados alguns vestígios de um grande compartimento, possivelmente utilizado como uma estrutura de suporte do cenário. Ele é também admirado pela perfeição acústica do espaço que se descobriu estar mais relacionado com o material das bancadas que com a forma do espaço.
A ágora
Centro das relações cívicas
A ágora era o nome que se dava às praças públicas na Grécia Antiga. Nestas praças ocorriam reuniões onde os gregos, principalmente os atenienses, discutiam assuntos ligados à vida da cidade (pólis). A ágora de Priene foi um exemplo A Ágora também possuía finalidades religiosas (eventos, cerimônias) e económicas (negociações, acordos econômicos, comércio de típico do consagrado mercado helenístico com inicialmente 3 pórticos cobertos mas uma stoa (pórtico de colunas) foi mercadorias, etc). Posteriormente adicionada ao lado norte, originalmente um espaço aberto, a ágora de Atenas foi sendo gradualmente preenchida por edifícios, a maior parte deles de carácter político e religioso
A casa privada
Segundo o modo de vida ateniense
Ricos ou pobre, os cidadãos de Atenas tinham uma vida muito simples e as sãs habitações muito ligadas ao seu modo de estar na sociedade As casas eram pouco luxuosas embora tivessem algum conforto. As paredes, de madeira ou tijolos eram pintads de branco para relfectirem a a energia solar As refeições parcas de carne, eram à base de pão e trigo, biscoito de cevada, legumes, azeitonas, alhos e peixe. Os homens mais ricos, dedicados ao negócio viviam na cidade ou perto dela. N As mulheres ficavam em casa dos filhos e da lida doméstica. Havia um compartimento só para elas, o gineceu de onde raramente saíam
8. A pintura
Não nos restou nada da pintura Grega. Podemos, no entanto, fazer uma ideia da mesma através dos textos dos escritores e pelo estudo dos frescos romanos e dos vasos
Gregos. Uma das principais finalidades da pintura grega era a decoração dos grandes monumentos com motivos religiosos ou histórico. Nada arquitectónico ou escultórico na Grécia era produzido sem que fossem realçadas as cores. Varias partes do templo recebiam cores diversas: Os tríglifos – azul, O campo das mêtopas – vermelho, os ornamentos eram dourados.
9.A cerâmica
Os vasos gregos são conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados:
-Ânfora (1) ‐ vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas;
‐ Hidra (2) ‐ (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
-Cratera (3) - tinha muito larga com ‐ a boca larga, o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc.
As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas actividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figures negras foi Exéquias.
10. Escultura
Na época arcaica os gregos começaram a desenvolver técnicas e ideias estimuladas pelo contacto com as civilizações mais antigas do Egipto e do Oriente Próximo, até a época das Guerras Pérsicas, na primeira metade do século V. Os Gregos adoptaram o método egípcio de execução e também, em grande medida, o sistema egípcio de proporções. É por isso que as primeiras estátuas gregas se parecem tanto com as egípcias.
Na época clássica ela reflecte de modo admirável muitos aspectos do espírito da civilização Grega como:
• O Politeísmo antropomórfico: deuses representados como seres humanos idealizados;
• O amor pelos exercícios físicos: o atleta e, frequentemente, tema de inspiração;
• Gosto pela elegância no trajar: as vestes são cuidadosa e delicadamente esculpidas.
• Paixão pela proporção e harmonia Esculturas vindas de concepções dóricas e jónicas eram de espírito mais construtivo, para o primeiro e mais de sentimento decorativo para o Segundo.
Fidias(Palas-Atena e o Zeus de Olímpia) , Miron( o discobulo) e Praxiteles (Hermes, Dionísio menino e Vénus de Cnidos), foram os melhores escultores gregos.
11. A religião
Os deuses e os herois
A religião grega era politeísta antropomórfica, isto e, os gregos possuíam muitos deuses com forma humana. As principais divindades gregas formavam uma trilogia: Zeus era o rei dos deuses e o senhor dos céus; Poseidom, o rei do oceano e Hades o soberano do inferno.
Existiam ainda, Apolo (deus do sol), Afrodite (deusa do amor e da beleza), Dionísio (deus do vinho), Atena (deusa da sabedoria), Ares (deus da guerra), Atemis (deusa da caca e da natureza), Hermes (o mensageiro dos deuses).
Alem dos deuses existiam os heróis ou semideuses, autores de grandes feitos ou vítimas da fatalidade do destino. Destes destacava–se: Heracles ou Hércules (realizou os 12 trabalhos), Prometeu (roubou o fogo de Zeus), Teseu (venceu o Minotauro), Perseu (venceu a medusa), Jasão (realizou a expedição dos argonautas), e Édipo (decifrou o enigma da esfinge).
A religião era o traço da união entre os gregos, cujo pan-helenismo se manifestava através dos oráculos, mistérios e jogos. Os oráculos eram santuários consagrados aos deuses. Os jogos eram realizados em Olímpia e eram conhecidos como olimpíadas.
12.letras ciência e filosofia
Na poesia épica destacou-se Homero (com a Ilíada e a odisseia), e na poesia lírica, Pindaro, Safo e Anacreonte.o teatro grego produzui a comedia e o drama.
Hipócrates de Cos foi considerado o pai da medicina, na matemática destacaram-se Tales de Mileto e Pitágoras, na historiografia destacou-se Heródoto (o pai da historia). Péricles e Demosternes, foram os mais brilhantes oradores da eloquência grega. A filosofia foi fundada por Tales de Mileto, e desenvolveu-se em Atenas, os maiores filósofos foram, Protágoras de Abdera, Sócrates, Plantão e Aristóteles.
12. Conclusão
A civilização grega, surgiu na helade, região do extremo sul da península balcânica. Os gregos organizaram-se em cidades-estado ou polis, fundaram colónias no mediterrâneo e eram um povo de navegadores e comerciantes. A cultura clássica grega- o Helenismo. Atingiu o seu apogeu o século de Péricles (sec. V a.C., período em que a Grécia estava sob o governo de Péricles, assinalando-se neste período o apogeu da Grécia), e logo depois da guerra entre Esparta e Atenas, a Grécia caiu sob domínio da Macedónia, era o fim da civilização grega.
Não existiu na antiguidade, um estado, uma nação ou um império gregos, mas sim uma civilização, cultura e um mundo gregos. A Grécia não era uma unidade política, mas uma unidade sociocultural, formada por uma diversidade de cidades estados, que tinham em comum a língua, a religião, os usos, os costumes e tradições.
“O corpo helénico tem o mesmo sangue, fala mesma língua, possui mesma cultura e mesmos deuses, templos e sacrifícios”- Heródoto.